O que seria do atleta sem toda a equipe interprofissional para transformá-lo num medalhista nas olimpíadas? Pois é! A Medicina FTC montou uma mega equipe padrão ouro. Confere aqui!
O Brasil encerrou os Jogos Olímpicos de Tóquio com resultados históricos. Nunca fomos tão longe no quadro de medalhas e batemos recorde em números de pódios. Por trás da performance de nossos atletas nas olimíadas, está o trabalho de uma equipe interdisciplinar. Treinadores, fisioterapeutas, psicólogos e médicos trabalham para que os nossos melhores sejam os melhores do mundo.
A Medicina FTC montou uma equipe técnica com docentes da casa para te explicar como funciona a preparação dos atletas de alto rendimento. Bora?
No exato segundo em que conquista a medalha de ouro, imaginamos que um super atleta esteja com o coração a mil por hora, certo? Mas isso só acontece figurativamente.
A cardiologista, professora e coordenadora da Medicina FTC Eunápolis, Lucélia Magalhães, explica que atletas de alto nível se preparam durante todo uma vida para alcançar resultados incríveis são impactar o corpo. Não é tipo você que sente o coração na boca por qualquer coisinha.
“Um profissional desses passa a vida toda se preparando. Para que esses músculos funcionem e as pessoas tenham desempenho olímpico, é preciso que o sistema cardiovascular – o coração e os vasos – funcione de maneira bastante adequada. E a cada momento do esforço, o coração deve se adaptar às necessidades”, explica a cardiologista.
Segundo a especialista, quando fazemos um esforço físico o coração bate mais forte e cada sexo – masculino e feminino – em cada fase de treinamento e desempenho, dependendo de que esporte está realizando, vai ter uma frequência cardíaca que não pode ultrapassar. “Quando esse limite é ultrapassado, compromete o desempenho respiratório. Então, o exercício deve ser feito obedecendo ao desempenho cardíaco e adaptado à disciplina respiratória”, explica.
Mesmo as nossas quase máquinas tem seus limites. Costumamos ver casos de pessoas que passaram por paradas cardiorrespiratórias ou acidente vascular cerebral durante as provas, mesmo sendo atletas muito bem treinados. De acordo com Lucélia Magalhães, isso se dá por conta do esforço absurdo que o corpo não consegue dar conta.
“Não é tão comum, mas acontece. Em maratonas como a São Silvestre que a exigência é menor. Muitos amadores participam mesmo sem condições e por isso, é mais comum ver uma morte súbita, por exemplo. Tanto que tem um pessoal socorrista preparado para isso”, explica Lucélia.
E, como o coração é aquele órgão que nunca está sozinho, o bom desempenho também tem que envolver os pulmões. “O controle respiratório é essencial em qualquer prática de exercício físico. Se o atleta não souber respirar, se não tiver o treinamento para que hora ele inspira e por quanto tempo ele inspira e que horas ele expira nos momentos de movimentos musculares específicos, ele não vai ter um bom desempenho”, afirma Lucélia.
Além de cuidar muito bem do coração e dos pulmões, é preciso também cuidar do equilíbrio e manter o corpo alinhado.
Por isso, o especialista Marcelo Botelho, quiropraxista que atuou em grandes eventos como as Olimpíadas de 2016 e nos jogos Pan-Americanos, explica a importância do acompanhamento destes especialistas, não apenas durante as competições.
“A quiropraxia voltada para o esporte visa otimizar as relações biomecânicas das articulações, o que significa que a gente está melhorando a função das articulações e dos músculos, fazendo com que eles trabalhem na mecânica ideal, no alinhamento ideal. Isso faz com que você gaste menos energia para realizar um dado movimento”, explica Marcelo, que é formado pela Medicina FTC.
É esta preparação que vai levar o atleta ao que o especialista chama de seu estado “perfeito” para o equilíbrio ideal. Mas qual modalidade precisa de quiropraxia? Todas!
Na verdade, todas as modalidades buscam o acompanhamento de um quiroprata, mas aqueles que competem em modalidades individuais podem se beneficiar mais, como explica Marcelo: “Aquelas modalidades individuais e onde hajam diferenças muito sutis entre os resultados dos competidores é que vão gerar um impacto muito grande. Por exemplo, a natação, tivemos agora o atleta brasileiro, Fernando Scheffer que ganhou a medalha de bronze e, por 2 centésimos de segundo, poderia perder essa medalha para o adversário”, explica.
Vale ressaltar que não apenas os atletas nível ouro que podem buscar este equilíbrio. Qualquer pessoa pode se beneficiar com a quiropraxia, e a técnica usada será a mesma aplicada nos atletas. A diferença será apenas no tempo e na intensidade, já que um paciente comum não vai precisar bater nenhum recorde de hoje para amanhã, né?
Como explica o neurologista Emerson Bernardo Cohim, o cérebro é essencial para a prática de esportes. “O exercício, de forma geral, tem um papel fundamental no desenvolvimento da capacidade cerebral, já que o cérebro vive em constante estímulo, quer seja para melhorar a concentração, quer seja para estimular a memória, e isso é tão importante quanto fortalecer os músculos corporais”, afirma.
Uma coisa interessante de se lembrar é que o cérebro é quem comanda o que o corpo vai fazer. “Além disso, há o tempo de reação, que diz respeito ao tempo que o indivíduo leva para reagir a uma informação qualquer. O cérebro ativa os músculos e ossos só de pensarmos em executar um movimento, ainda que parados. Isso ocorre porque, aparentemente, a mente não diferencia a atividade real da projetada, explica Emerson Bernardo.
Só para deixar claro, mais uma vez: a prática de atividade física é essencial para desenvolver habilidades e o bem-estar. Embora a prática intensa possa afetar o desenvolvimento cerebral de alguma forma, é bem raro. “Isso porque o cérebro já está capacitado, já foi trabalhado e treinado para desenvolver aquela habilidade em específico. Quando o emocional do atleta é afetado, isso pode comprometer o desempenho cerebral em algum momento e é por isso que o cuidado emocional também conta muito”, conta Emerson.
“No caso da Rayssa, – a skatista mais nova a ganhar medalha numa Olimpíada – muito provavelmente ela já trabalhava a questão emocional para lidar com a “nova vida” que poderia se iniciar a qualquer momento. Para alcançar o equilíbrio emocional, é necessário primeiro desenvolver a Inteligência Emocional, que é a habilidade de lidar com as emoções e de administrá-las positivamente, mesmo com as adversidades do dia a dia” completa o neurologista.
Se no cotidiano de nós, reles mortais, os hormônios já podem fazer um estrago imenso, imagine o B.O. que não pode gerar um desequilíbrio em uma glândula qualquer do corpo de um atleta olímpico. Por isso, trouxemos para a nossa equipe técnica o endocrinologista e também professor da Medicina FTC, Fábio Trujilho.
“Todos os hormônios são importantes para o desempenho do atleta, uma pessoa que tenha uma alteração hormonal pode ter um comprometimento ou pode melhorar o desempenho. Pessoas com baixa no hormônio da tireoide, por exemplo, podem ter uma diminuição da energia e uma tendência a um maior risco de lesão, piorando seu desempenho”, explica.
O especialista destaca que, embora todos os hormônios sejam importantes, alguns merecem uma atenção especial mesmo, como os hormônios da tireoide, da testosterona, o cortisol e a prolactina.
Uma questão muito discutida no mundo das competições esportivas é o hiperandrogenismo, que é a produção maior do hormônio masculino que pode acontecer de forma natural. Esse desequilíbrio natural acometeu a corredora sul-africana Caster Semenya, que embora tenha a produção de testosterona mais alta normalmente, só poderia competir nestas Olimpíadas se tomasse hormônios para regularizar suas taxas.
Segundo o endocrinologista Fábio Trujilho, quando se tem o aumento da testosterona, há uma ajuda com a massa muscular. E, para muitos esportes, ter uma massa muscular maior pode influenciar em um resultado positivo, principalmente em esportes de alta performance.
A endocrinologia é uma das especialidades mais importantes entre os atletas. Por exemplo, uma alteração de hormônios, como a testosterona, pode tirar o atleta da competição – e ainda pega mal. Mas nem sempre o atleta tem, de fato, culpa.
Acontece que, como explica o professor, algumas pessoas precisam fazer o uso de medicamentos e é preciso ter atenção. “Determinadas pessoas que tem diabetes tipo 1, por exemplo, precisam usar insulina, que é considera doping. Mas, a pessoa que é diabética precisa fazer uso dessa substância. Então, geralmente, existe um processo no qual se coloca essa necessidade que o atleta tem de receber determinados medicamentos”, explica ele.
Mas doping já é um assunto batido, o que a gente quer mesmo é saber: por que as ginastas e os ginastas são tão baixinhos?
Segundo Trujilho, não é o esporte que achata os corpos dos ginastas. Mas, como as pessoas mais baixas se dão melhor no esporte, elas acabam sendo mais escolhidas como as melhores. Pode fazer ginástica em paz, isso não vai te fazer mais baixo. E, bem, tamanho não é documento, afinal de contas, os 1,51 metros de Rebeca Andrade trouxeram OURO para o Brasil.
Como a gente não tá aqui para sair sem o ouro, nós temos no nosso quadro docente um professor que, além de ortopedista e doutor em Medicina e Saúde Humana, também é educador físico! Já pode chamar de triatleta?
O professor e egresso da Medicina, Cloud Kennedy, explica que o papel do educador físico na vida do atleta de alto rendimento começa lá nas bases. “De uma forma resumida, a importância do educador físico se dá desde os momentos iniciais da iniciação ao esporte, da percepção do talento esportivo, do planejamento, prescrição e acompanhamento do treinamento. Isso proporcionará aquisição e aperfeiçoamento de habilidades e capacidades necessárias para o desemprenho de alto rendimento”, explica. Tudo isso, até chegar nos momentos da competição, quando o professor exerce o papel de técnico, treinador, fisiologista, por exemplo.
Temos mais de 40 modalidades. Cada uma delas requer um treinamento específico e programado para cada atleta, como explica o especialista. “Aliado aos treinos, também deve estar o planejamento da recuperação, a prevenção de lesões, os aspectos nutricionais, a preparação e cuidados farmacológicos, psicológico, imagem, dentre outros”.
E ninguém melhor do que aquele que está ali no dia a dia, também com sangue nos olhos pela medalha, para entender que o rendimento do atleta requer a atenção de muitos profissionais.
“Não basta que bons profissionais assessorem um atleta, assim como não basta só ter bons músicos em uma orquestra. É preciso que todos estejam alinhados a um projeto, a um planejamento conjunto. É importante discutir e observar as diferentes áreas para que haja uma verdadeira atuação interdisciplinar. Assim, o resultado será o melhor desempenho do atleta”, afirma o professor Cloud Kennedy.
Com o nosso corpo técnico montado, só falta selecionar os atletas e partir para Paris 2024. Quem se habilita?
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