Entenda a paixão segundo a Medicina

Se apaixonar é um processo incrível. E mexe com o nosso corpo inteirinho. Nesse texto, nossos especialistas explicam tudo que o amor pode fazer com o nosso organismo.

Olha o que o amor te faz – Entenda a paixão segundo a Medicina

O coração de Sandy batia ligeiramente apertado. Na mesma música, a jovem cantora relatava sentir uma certa confusão mental. Outros artistas também trouxeram, em diversas canções, sintomas de estar apaixonado que acabaram virando um clichê: sudorese, tremores, arritmia, ruborização, desconforto abdominal.

Mas, afinal, o que o amor pode mesmo fazer com o seu corpo? Para responder essa pergunta, a equipe do Blog da Medicina FTC fez uma bateria de entrevistas com nossos especialistas.

Vamos lá, esse é o check up do amor!

A paixão segundo a Cardiologia

Símbolo máximo da paixão, o coração realmente se abala quando o cupido nos flecha. Mas, apesar da fama, o órgão é só mais uma vítima dos hormônios que são lançados em nossa corrente sanguínea quando nos apaixonamos.

De acordo com o cardiologista André Maurício Fernandes, professor da Medicina FTC, toda a montanha-russa de sensações físicas pode ser disparada só com um olhar. “Tudo começa com a liberação de adrenalina, que é secretada a partir de estímulos sensoriais – um olhar, o cheiro, o que se ouve. E aí o coração dispara…”, conta.

<insira aqui os seus suspiros>

Sobre esse desfile de hormônios, a gente fala mais tarde. Agora, vamos voltar ao sistema cardiorrespiratório.

Amor faz bem à saúde cardiovascular 

Boa notícia para a galera da sofrência: Morrer de amor é só uma figura de linguagem – a gente não decidiu se é metáfora ou hipérbole, mas não importa. Você só precisa saber que, apesar do aperto no peito, ninguém vai morrer por um amor não correspondido.

Segundo o professor André, dores no peito não associadas a doenças cardiovasculares têm mais relação com o psicológico e, talvez, com a respiração fora de controle do que com uma condição cardíaca que possa causar danos.

Para o especialista, amar faz bem. “Se for amor mesmo, não mata não. Pelo contrário, a Ciência já comprova que todas essas sensações ocasionadas pela paixão são interessantes e saudáveis, inclusive”, explica. 

Síndrome do Coração Partido 

Para tudo ser assim gostosinho e salutar, o amor tem que ser correspondido, né? A gente bem sabe do aperto no peito quando o crush visualiza e não responde.

Apesar de não matar, o estresse emocional pode causar até o dilatamento do coração em um quadro médico chamado de Síndrome do Coração Partido. Mais comum em mulheres em torno dos 50 anos, essa é uma disfunção transitória causada justamente pelas benditas descargas de adrenalina em nosso corpo.

Segundo a Neurociência

Chegamos onde tudo começa. Não, não é .

Todas as emoções que sentimos quando estamos apaixonados, na verdade, vêm do cérebro. Estruturas encefálicas são as grandes responsáveis por ordenar a produção de substância químicas – hormônios ou neurotransmissores – que vão nos levar a um estado de encantamento.

< bota mais suspiro aqui que tá pouco>

O neurocientista Emerson B. C. Marinho Gomes explica que todo esse processo acontece em cadeia. Uma substância é liberada e ativa uma sensação que estimula a liberação de outra substância que desencadeia outra tremedeira nas pernas e assim sucessivamente até o @ fazer besteira e a gente desistir.

Tudo isso, de acordo com o especialista, é muito difícil de explicar – a gente também acha, mas ele é genial (como todos os docentes da Medicina FTC) e conseguiu resumir bem, vem ver:

A paixão em três atos 

A primeira fase é marcada pelas sensações e pelo desejo sexual, que são despertados pela circulação dos hormônios sexuais, como a testosterona (nos homens) e o estrogênio (nas mulheres). Isso ocorre, uma vez que – de forma subjetiva – sentimos a necessidade de formarmos pares e isso oferece um ambiente seguro.

Na segunda e na terceira fases, os compostos químicos que atuam em nosso cérebro fazem com que uma pessoa não pare mais de pensar na outra e, a partir daí, há o estímulo do Sistema Nervoso Central que desencadeia uma série de sensações, emoções e sentimentos.

Por exemplo, o cheiro da pessoa se torna algo estimulante e isso se dá por conta dos feromônios. Além disso, se produz mais adrenalina e noradrenalina, hormônios que aceleram os batimentos cardíacos, elevam a pressão sanguínea e despertam a atração sexual; a dopamina e endorfina, que são os neurotransmissores do prazer; a serotonina, 

Tudo passa

O amor, segundo o professor, se assemelha muito a um vício. Já que faz com que sejam liberadas substâncias químicas em nossos corpo, o nobre sentimento também traz ansiedade, prazer, euforia, conforto, apego, ou seja, uma bagunça. E é bem normal que, nesse processo, a gente mude.

“O amor e a paixão fazem com que as amígdalas cerebrais passem a funcionar de forma diferente. Por isso, esses sentimentos podem trazer mudanças significativas nas emoções e atenção, uma vez que nosso controle cognitivo é prejudicado. Contudo, passados os primeiros momentos de euforia, casais que estão juntos por muito tempo voltam a produzir serotonina, que lhes traz a sensação de confiança”, explica o neurocientista.

A parte boa é que essa história não dura para sempre. Ainda bem, né? Imagine o estrago que o amor faria em nossas vidas se estivéssemos sempre suspirando por aí.

Mas, ao contrário do que dizem por aí, não é como se o amor ou a paixão tivessem um prazo de validade. “A verdade é que o cérebro nem sempre secreta hormônios “amorosos” e, quando passa a secretar com frequência, o organismo fica mais resistente e acostumado com a produção desses compostos. Entretanto, isso não significa que o amor acaba, mas que um tipo diferente e mais duradouro do amor é estabelecido, não mais passageiro como a paixão”, explica Emerson, que deve estar apaixonado porque nos deu cada resposta fofa.

A paixão segundo a Psiquiatria

Desde a antiguidade, tem filosofo, poeta e cantor de arrocha tentando entender o que é o amor. Será que a gente consegue mesmo explicar essa confusão toda só com neurotransmissores e hormônios?

De acordo com a psiquiatra Mirian Gorender, não. “O que se sabe é que, quando a pessoa está apaixonada, determinadas modificações químicas acontecem. Mas não são a única coisa. Não tem como explicar paixão apenas de um ponto de vista da neurociência, é muito mais complexo do que isso”, afirma taxativa.

Do ponto de vista da Psiquiatria, se apaixonar é uma manifestação de afetividade e, como tal, faz parte do aspecto psíquico relacionado às variadas formas e à intensidade com que experimentamos a vida. A paixão seria, nesse sentido, um estado de intensa afetividade.

Para leigos, é aquela hora em que o mundo real deixa de fazer sentido e você só pensa no ser amado. E nossa imparcialidade de julgamento fica toda prejudicada, coitada.

“Quem nunca se apaixonou e, de repente, as coisas ao redor já não pareciam tão importantes? E quem, quando a paixão passou, não se deu conta que tinha perdido o juízo?”, provoca o psiquiatra José Lucas Sena, professor da Medicina FTC.

Atenção! José Lucas alerta que  tudo em Medicina precisa ser individualizado, especialmente na Psiquiatria. “As pessoas vão experimentar a paixão de forma peculiar. A experiência de um indivíduo não pode ser balizada pela experiência de outro, sem qualquer reflexão”, explica o especialista.

Rejeição

Muitos sintomas psiquiátricos fazem parte da vida humana, mesmo em pessoas sem transtornos: tristeza, ansiedade, angústia, irritabilidade, insônia… Não seria diferente com pessoas apaixonadas. “A ansiedade para encontrar o objeto de paixão, a angústia por ter sido rejeitado, as noites insones pensando no outro, tudo isso são evidências de como a paixão pode interferir na vida psíquica”, explica o psiquiatra José Lucas.

“O que a gente vê são pessoas que já são por si muito frágeis e que apresentam reações exageradas, que podem ser danosas quando acontece um rompimento, por exemplo. Mas uma pessoa saudável vais a ber lidar coccm um rompimento e não vai ter sua saúde mental alterada”, complementa Mirian Gorender, psiquiatra e docente da Medicina FTC.

Amar faz bem à saúde mental?

O que vemos até aqui, independentemente da opinião dos especialistas, é que se apaixonar é uma coisa bem perigosa. Você sabe disso porque já deve ter sofrido muito atrás de quem não te queria – desculpa jogar na cara. Mas a gente também sabe que amar e viver um relacionamento saudável pode ser tão gostoso que, com certeza, aquela sensação boa só pode fazer bem à saúde mental.

“Sabemos, por exemplo, que estar em um relacionamento é um fator protetor para suicídio. Isso se deve, dentre outras coisas, ao suporte social que um parceiro fornece ao outro e à detecção precoce de sintomas psiquiátricos, facilitando assim acesso a tratamento adequado”, diz o professor José Lucas. No entanto, o especialista alerta que relacionamentos ruins podem ser prejudiciais a pessoas em sofrimento psíquico.

A psiquiatra Miria Gorender alerta: se apaixonar não é remédio. “Se apaixonar é uma parte importante da vida! Mas a paixão em si não vai melhorar um quadro de doença psiquiátrica”. Se o seu parceiro ou parceira dá sinais de enfrentar questões psiquiátricas, o conselho da especialista é que você ajude a pessoa a procurar ou manter um tratamento adequado. “Quem está doente, precisa de tratamento para levar uma vida normal, para se manter bem e até para amar bem”, orienta Miriam.

“Eu diria para o parceiro de uma pessoa em sofrimento psíquico que existe a assistência que um ente querido pode dar, como o carinho e o suporte social, mas que há outra assistência que só quem pode fornecer adequadamente é um profissional habilitado em saúde mental. Ambas são muito importantes, mas cada qual tem um papel na melhora clínica da pessoa”, completa José Lucas.

O psiquiatra destaca ainda que a assistência em saúde mental envolve também a psicoeducação dos familiares, portanto é essencial que o parceiro se sinta confortável em tirar dúvidas com o profissional assistente.

Relacionamento Abusivo: um alerta

Questões de ordem psíquica, conscientes ou inconscientes, podem ser projetadas para o parceiro de modo a provocar sofrimento psíquico ou abuso de outra ordem. Isto pode ocorrer de diversas maneiras: através do controle excessivo, vitimização, manipulação, culpabilização, críticas duras e desproporcionais, agressão verbal e física.

Dito isso, precisamos ressaltar que, diferentemente do que se pensa, qualquer pessoa pode ser tóxica em um relacionamento. O abuso não é exclusividade daquelas pessoas com algum transtorno psiquiátrico ou psicológico. “A questão é muito mais complexa e envolve também outros fatores, como sociológicos. Acredito, inclusive, que essa ideia equivocada possa contribuir para a psicofobia, tornando as pessoas receosas de se relacionar com portadores de transtorno psiquiátrico”, alerta José Lucas.

Para Mirian Gorender, a questão dos relacionamentos abusivos não pode ser avaliada apenas pela psiquiatria. “Essa questão pode ser abordada pela Psicologia e, com certeza, deve ser tratada pela polícia e pelo judiciário. O máximo que podemos dizer é que quem se mantém em um relacionamento abusivo está em risco de adoecer, já que o próprio relacionamento será uma fonte contínua de estresse intenso”, finaliza a psiquiatra.

Segundo a Oftalmologia

Nesse ponto, precisamos trazer só uma questão: “Cego de amor” é uma expressão que não tem nenhuma base científica séria.

Então, meu anjo, você vai ter que parar de fingir que não viu o que você sabe que viu.

A paixão segundo a Dermatologia

O sistema límbico, através do Sistema Nervoso Autônomo, é o responsável pelo comando das nossas emoções, fazendo parte dele as estruturas encefálicas relacionadas com emoções, o prazer, a memória, o aprendizado etc. Sendo assim, é inegável que as nossas paixões tenham influência direta e indireta na fisiologia do nosso organismo.

À flor da pele, temos sudorese, arrepios e secreção de feromônios. “De forma mais indireta,  temos aspectos comportamentais. Quem está desejando correspondência afetiva tende a cuidar-se mais, e isso inclui cuidados com nosso “cartão de apresentação” que é nossa superfície corporal”, explica o dermatologista Marcos Mousinho Martins, professor da Medicina FTC no campus Unesulbahia.

Skincare

Quem nunca ouviu um comentário relacionando à beleza da pele com a vida afetiva – e sexual – de alguém? A história é repetida à exaustão, mais ainda não foi descoberto um efeito fisiológico inequívoco que explique a relação entre ambos.

 

Mas o professor Marcos destaca: “Estando nossas emoções positivamente estimuladas, a sensação de bem-estar, de prazer e de felicidade, sem dúvida, contribuem para a nossa Saúde, a pele incluída”.

Com comprovação ou não, não custa nada tentar ter muito bem-estar & prazer & felicidade, né?

Segundo a Ortopedia

Não encontramos nenhuma relação óbvia entre estar apaixonado e sua saúde ortopédica, mas aproveitamos o tópico para dar uma dica que pode ajudar muito seu tônus muscular Lá vai!

Se o @ não te dá atenção que você merece, não te respeita, não te diz que você é uma delícia ou está aglomerando na pandemia, não pense duas vezes E CORRA.

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